terça-feira, 15 de setembro de 2009

A praia e o velhinho

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"O comportamento humano é determinado por causas que, ás vezes, escapam ao próprio entendimento e controle da pessoa. Essas causas são necessidades ou motivos, forças inconscientes que levam a pessoa a determinado comportamento."


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Aprendi isso hoje estudando Teoria Geral da Administração, que diz também que essas necessidades são dividas em três tipos que vão surgindo de acordo com o amadurecimento do indivíduo. São essas necessidades as fisiológicas como comer, dormir, se reproduzir, se proteger dos perigos; as psicológicas que são próprias do ser humano como, por exemplo, a busca pelo afeto do próximo e pela autoafirmação ou o fato de querer ser aceito pelo grupo no qual convive, que vão surgindo já quando o ser humano alcança um grau de maturidade e vão sendo percebidas e satisfeitas gradativamente. E o terceiro tipo que é considerado o corolário de todas as necessidades humanas: a necessidade de autorrealização. E diz Alberto Chiovenato, autor do livro, que são essas necessidades que impulsionam o homem a esta sempre estabelecendo metas crescentes e de forma inconsciente estar em contínuo desenvolvimento, na busca de algo que o satisfaça. Essas necessidades são raramente satisfeitas plenamente, pois o homem nunca se contenta com o que tem. Está sempre e sempre buscando incessantemente por coisas que lhe tirem do estado de esquilíbrio e o lançando em novos desafios.

Incrível né? Eu achei. E cara, mais incrível ainda é como esse último tipo de necessidade muda de repente. Algumas coisas perdem o valor em fração de segundos e outras ganham uma importância absurda (pelas razões mais estranhas do mundo) tão rápido quanto.
Há exatamente 10 dias eu poderia ter ouvido toda essa história do tal Chivenato, ao vivo e à cores. Mas admito, as praias baianas pareciam muito mais convidativas do que um velhinho meio careca e meio grisalho. Mas como a vida tem dessas coisas, cá estou eu hoje me matando de estudar pro concurso de domingo e torcendo pra que pelo menos caia alguma coisa sobre esse tema que eu tou até sacando um pouco, e não sobre as 359 formas de departamentalização. (quem dera!)
Mas enfim, de qualquer forma já me sinto recompensada. É bastante confortante ter uma tese comprovada sobre esse lance todo de precisar das coisas sem saber o porquê. Sei lá, de certa forma me senti aliviada por carregar esse buraco, essa constante incompletude na alma. E pra ser sincera, não me arrependo de ter trocado o velhindo pela praia. Definitivamente, Administração não é a minha praia.


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