terça-feira, 22 de setembro de 2009

Estúpidas ilhas

"... mas agora lá fora todo mundo é uma ilha,
a milhas e milhas e milhas de qualquer lugar..."
(H. Gessinger)



Há muito me perguntos obre o porquê das pessoas serem tão egoístas, até consigo mesmas. Muitas vezes não tem capacidade nem para perceber e lutar por por aquilo que chamam de felicidade. O que parece é que estamos presos numa ilha cercada não por água, mas por falta de humanidade para com o próximo; ou então que existe uma espécie de bolha imaginária e impenetrável que impede a construção de relações por inteiro.
Não falo somente de relacionamentos amororos, e nem quero cair no clichê da generalização mas é impossivel não enxergar a incredulidade das pessoas quando se trata do amor em qualquer um dos seus sentidos.
Não estou negando aqui a existência das relações verdadeiras. Sim gente, elas existem e eu tenho bons exemplos disso, mas não é uma ironia que estas sejam excessões à regra? Não sei se por desinteresse, medo, dúvida, falta de afeto ou de sensibilidade mesmo, mas o que se nota é que há pouco espaço nessa loucura em que vivemos para as coisas realmente importantes. Contemplar o sorriso de uma criança, acordar para ver o sol nascer, abraçar a quem se ama, perdoar sem esperar nada em troca...
Tenho medo de que eu é quem esteja errada nessa história de dar importância às pessoas, em tentar sempre me convencer de que todas as pessoas dão valor ao que eu sinto em relação a elas. Tenho medo de um dia me decepcionar de tal maneira que eu saia do grupo de exceção e entre de uma vez na bolha do egoísmo.
Todas as ilhas estão contra mim, às vezes faltam-me forças, mas vou seguindo em frente... Me apego a cada amanhecer, buscando no equilíbrio das coisas inexplicáveis o impulso para acreditar. O impulso para continuar a ver beleza em sorrisos, sóis nascentes, abraços apertados e sobretudo no perdão.
Quero nunca deixar de acreditar na pureza de tudo aquilo que se mostrar verdadeiro.

2 comentários:

  1. Tenho medo de que eu é quem esteja errada nessa história de dar importância às pessoas, em tentar sempre me convencer de que todas as pessoas dão valor ao que eu sinto em relação a elas.

    Iguais demais, iguais demais.
    hahaha, mtd :*

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